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Ladrilhos Cerâmicos

Em Portugal os revestimentos cerâmicos desenvolveram-se por processos que podem ser considerados marcadamente independentes, quando reportados a revestimentos de paredes interiores, de fachadas e de pavimentos.

Os de mais antiga tradição serão os revestimentos de paredes interiores, uma constante na arquitectura portuguesa, civil e religiosa, espalhada pelas “sete partidas” do mundo a partir do século XIV e logo complementados com os revestimentos de fachadas, cuja resistência acrescida aos agentes atmosféricos os associou definitivamente a um processo, tão vantajoso dos pontos de vista técnico e económico como estético, de protecção duradoura para paredes exteriores e até para coberturas.

È uma herança da civilização árabe que entre os séculos V e XIV se desenvolveu na Península Ibérica, em que estes produtos se designaram por al Zulaicj, termo conotado com as pedras semipreciosas de origem mesopotâmica conhecidas como “lápis-lazuli”. Daí resultou este legado cultural e técnico, que remonta aos tempos mais recusados da Antiguidade Clássica.

Com criatividade muito própria, os Portugueses desenvolveram, diversificaram e trouxeram esse legado até aos nossos dias, tornando-o de utilização já obrigatória na arquitectura do século XXI e levando estes produtos cerâmicos a níveis técnicos e estéticos que os tornam insubstituíveis em aplicações técnicas supostamente requerendo materiais sofisticados, como é o caso dos materiais porosos recomendados pela bioarquitectura para as “casas ecológicas”, amigas do ambiente.

As modernas aplicações dos revestimentos cerâmicos apresentam requisitos muito mais rigorosos do que seria de prever em tempos passados. Mas houve sempre uma preocupação de racionalização e normalização desta técnica tão ligada ás mais variadas manifestações artísticas e não foi por acaso que os azulejos portugueses foram fabricados durante séculos na dimensão de 14x14 centímetros: é assim que com sete fiadas de sete peças cada se cobre um metro quadrado de parede, sendo para tal aplicadas 49/50 peças, quando necessário conjugadas com metade e terços de peças, utilizados em remates, cercaduras, barras ou lambrins.

A fim de garantir a correcta aplicação destes produtos em condições apropriadas e no momento certo, as técnicas actuais requerem que todos os intervenientes no processo tenham um entendimento claro do conjunto de requisitos do correspondente projecto. Assim, é essencial que todas as partes nele envolvidas (incluindo sub-empreiteiros e  até fornecedores de materiais) tenham um conhecimento tão detalhado quanto possível do projecto e seu desenvolvimento.

Sendo cada projecto diferente de qualquer outro, não é credível uma listagem definitiva da informação a fornecer a cada parceiro. È possível mesmo assim apontar como exemplos mais comuns:

•    Design: visa a definição, para qualquer situação específica, da ou das soluções construtivas mais adequadas ao tipo de revestimento em questão, a fim de lhe conferir logo na fase de projecto/especificação uma conformidade aceitável com os requisitos gerais de :

-    regularidade, definida pelas propriedades de planaridade, escorrimento e nivelamento;
-    durabilidade, incluindo a resistência dos revestimentos a tensões, cargas e condições associadas á envolvente de destino;
-    segurança, incluindo características do revestimento relacionadas com resistência ao escorregamento e resistência ao fogo.

•    Serviço especial: acesso, descargas, facilidades de elevação e de armazenagem, calor, iluminação e energia e outros requisitos adicionais considerados necessários para maior rapidez de execução.

•    Envolvente: caracterizada por:

-    tipo e idade da construção;
-    localização dentro do edifício;
-    tipo, características (resistência mecânica, deformação, etc.) e regularidade da envolvente;
-    necessidade eventual de um substrato intermédio ou de movimentação.


•    Trabalhos associados: equipamentos inseridos ou passando através da envolvente e junções com outros acabamentos adjacentes.
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